PALLOTTI, PRECURSOR DA SINODALIDADE
O Papa Francisco fez a todos os católicos um chamado para colaborarem na construção de uma Igreja Sinodal. Mas, o que Pallotti tem a ver com a sinodalidade? Não é um exagero atribuir a Pallotti tamanha responsabilidade, a de ser um precursor de tal missão?
É de se notar que o modo de ser Igreja ao longo destes anos vem se modificando, ou melhor, se clareando. Desde 2020, nossas vidas não são as mesmas. A pandemia está nos dando um novo paradigma para repensarmos nosso papel na sociedade e, principalmente, na Igreja. Com sua proposta, o Papa Francisco nos faz pensar na importância da sinodalidade, realidade muito antiga, mas um tanto esquecida ultimamente. Lembra o Vaticano que uma Igreja Sinodal “exige que todo o Povo de Deus esteja num caminho em conjunto, com cada membro a desempenhar o seu papel crucial, unidos uns aos outros. Caminha-se em comunhão para prosseguir uma missão comum através da participação de cada um dos seus membros”.
Participação da UAC
Como a União do Apostolado Católico (UAC) se vê diante desta realidade sinodal? A UAC continuará sendo a mesma diante de tal proposta? Como repensar nossas práticas e nossa história partindo desse Novo/Antigo paradigma?
Diante destas e outras questões, nós, membros da UAC e participantes do carisma palotino, podemos assumir pessoalmente a pergunta lançada no Documento Preparatório (DP) para o Sínodo do Bispos de 2023: “Como este ‘caminhar juntos’ tem lugar, hoje, em diferentes níveis (desde o local ao universal), permitindo que a Igreja anuncie o Evangelho? E quais os passos que o Espírito nos convida a dar para crescermos como Igreja sinodal?” (DP 2).
Esta pergunta não merece uma resposta impulsiva sem, ao menos, um processo de meditação e autoavaliação. Para isso, o Documento Preparatório (DP, n. 2) nos dá oito pontos fundamentais para construirmos, em comunidade, uma robusta resposta.
Pontos fundamentais
Nestes pontos apresentados pelo documento é possível perceber a proposta do carisma palotino? Cada carisma da Igreja é convidado a ler os sinais dos tempos com os óculos de seu fundador. Pallotti, portanto, não lançou a proposta de um sínodo, nem mesmo sobre a sinodalidade, mas nos legou o princípio da união (caminhar juntos) como fundamento da nossa espiritualidade, do nosso carisma, e ainda mais, da nossa missão.
Uma igreja sinodal
Uma Igreja Sinodal acontece quando todos, grandes e pequenos, formados, estudantes, operários, ricos e pobres, padres leigos, religiosos e seculares, comerciantes e empresários, funcionários, artistas e artesãos, comunidades e indivíduos assumem seu lugar na missão eclesial. Cada qual no seu próprio estado, na própria condição, de acordo com os próprios dons, podem dedicar-se às obras do Apostolado Católico para reavivar a fé e reacender a caridade e propagá-las em todo mundo.
Por fim, reitera o Vaticano: “À medida que a Igreja embarca neste caminho sinodal, devemos esforçar-nos por nos basearmos em experiências de escuta e discernimento autênticos no caminho de nos tornarmos a Igreja que Deus nos chama a ser”.
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